quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Decifra-me

Não venha me falar de razão, não me cobre lógica, não me peça coerência. Eu sou pura emoção, tenho razões e motivações próprias, sou movido por paixão.
Essa é minha religião e minha ciência, não meça meus sentimentos. Nem tente compará-los a nada, deles sei eu. Eu e meus fantasmas, eu e meus medos, eu e minha alma.
Sua incerteza me fere, mas não me mata. Suas dúvidas me açoitam, mas não deixam cicatrizes.

Não me fale de nuvens, eu sou Sol e Lua. Não conte as poças, eu sou mar,

profundo, intenso, passional.
Não exija prazos e datas, eu sou eterno e atemporal, Não imponha condições, eu sou absolutamente incondicional.
Não espere explicações, não as tenho, apenas aconteço. Sem hora, local ou ordem, vivo em cada molécula.
Sou o todo e sou uno, você não me vê, mas me sente. Estou tanto na sua solidão, quanto no meu sorriso.
Vive-se por mim, morre-se por mim, sobrevive-se sem mim. Eu sou começo e fim, e todo o meio.

Sou seu objetivo, sua razão que a razão ignora e desconhece. Tenho milhões de definições, todas certas, todas imperfeitas. Todas lógicas apenas em motivações pessoais, todas corretas, todas erradas.
Sou tudo, sem mim, tudo é nada. Sou amanhecer, sou Fênix, renasço das cinzas. Sei quando tenho que morrer, sei que sempre irei renascer. Mudo protagonista, nunca a história. Mudo de cenário, mas não de roteiro.

Sou música, ecôo, reverbero, sacudo. Sou fogo. queimo, destruo, incinero. Sou água, afogo, inundo, invado. Sou tempo, sem medidas, sem marcações. Sou clima, proporcional a minha fase. Sou vento, arrasto, balanço, carrego. Sou

furacão, destruo, devasto, arraso, mas sou tijolo, construo, recomeço. Sou cada estação, no seu apogeu e glória. Sou seu problema e sua solução. Sou seu veneno e seu antídoto. Sou sua memória e seu esquecimento.

Eu sou seu reino, seu altar e seu trono. Sou sua prisão, sou seu abandono. Sou sua liberdade, sua luz, sua escuridão e seu desejo de ambas. Velo seu sono. Poderia continuar me descrevendo, mas já te dei uma idéia do que sou.
Muito prazer, tenho vários nomes, mas aqui, na sua terra chamam-me de AMOR.
Crédito: Viagem das Palavras

segunda-feira, 22 de junho de 2009

sábado, 20 de junho de 2009


Solitaire - The Carpenters

Composição: Neil Sedaka & Phil Cody

There was a man, a lonely man,
who lost his love through his indifference.
A heart that cared, that went unshared,
until it died within his silence.

(chorus)

And Solitaire's the only game in town,
and every road that takes him down.
And by himself, it's easy to pretend,
he'll never love again.
And keeping to himself he plays the game,
without her love it always ends the same.
While life goes on around him everywhere,
he's playing Solitaire.

A little hope goes up in smoke,
just how it goes, goes without saying.
There was a man, a lonely man,
who would command the hand he's playing.

(chorus) 2X

And Solitaire's the only game in town,
and every road that takes him down.
And by himself, it's easy to pretend,
he'll never love again.
And keeping to himself he plays the game,
without her love it always ends the same.
While life goes on around him everywhere,
he's playing Solitaire.



OBS: Este link lhe dá somente o direito de escutar a música acima. Não é download.


SOLITAIRE - TRADUÇÃO LIVRE


Era uma vez um homem que tinha tudo para dar as cartas e não quiz
Preferiu jgar o jogo do EU SOZINHO
O jogo do Eu e mais ninguém
Hoje a via permite que ele jogue apenas o jgo da solidão
Cada parada, cada problema que ele enfrenta, sua derrota é maior
E ele se torna cada vez mais só
Pra ele é fácil disfarçar e dizer que pode passar sem amor
O amor pra ele é como fumaça
Some, sem dizer de onde veio ou pra onde vai
Seu egoísmo fechou-se como uma capa intransponível
E a cada parada, cada problema que ele pensa vencer,
Ele cai ainda mais,
Se frustra ainda mais,
Se arrebenta todo e não aprende que só o amor
Poderá fazer com que ele deixe de ser só e egoísta
Era uma vez um homem solitário!...

OBS: Essa música me tocou quando adolescente, jamais poderia saber que ela descreveria com exatidão uma pessoa tao próxima de mim.


Em 20 de junho de 2009

quinta-feira, 11 de junho de 2009




O vazio de sua presença


Nada pior que um vazio ocupado com presença

Uma presença que poderia acarinhar, falar, afagar

Mas nada assim se faz


Só tem um vazio de amargar, de doer, de fazer gemer

Gemer baixinho o aperto da dor no coração

Dor de alma que não tem feedback no sonar dos sentimentos


Sonar que emite, emite e nada encontra, nenhum retorno


Ando a procura de algo que preencha meu vazio de alma,

Alma sedenta de afeto e carinho, de sedução, de encontro

Não consigo encontrar você nos caminhos que percorremos


Andamos lado a lado fisicamente todos os dias,

Mas com nosso olhar para direções opostas

Nossas preferências tão diferentes, nossas prioridades,

Nossa maneira de ver as coisas e as pessoas


Quero mais que isso, mas que partilhar uma cama,

Mais o que sentar na mesma mesa pra almoçar,

Mais que passarmos o dia juntos...


Um amor maior, mais pleno de amor,

Um amor verdadeiro, cheio de Deus,

Transbordando de graça de quem nos uniu.


Autoria: Cirlene em 11 de junho de 2009

Respeite o Direito Autoral.

Creative Commons




Ama-me. É tempo ainda. Interroga-me.

E eu te direi que o nosso tempo é agora.

Esplêndida avidez, vasta ventura

Porque é mais vasto o sonho que elabora


Há tanto tempo sua própria tessitura.


Ama-me. Embora eu te pareça

Demasiado intensa. E de aspereza.

E transitória se tu me repensas.

Ama-me enquanto ainda há tempo!

by: Hilda Hilst

11/06/2009
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Procura-se um amigo

Não precisa ser homem, basta ser humano, basta ter sentimentos, basta ter coração. Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir. Tem que gostar de poesia, de madrugada, de pássaro, de sol, da lua, do canto, dos ventos e das canções da brisa. Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor.. Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo. Deve guardar segredo sem se sacrificar. Não é preciso que seja de primeira mão, nem é imprescindível que seja de segunda mão. Pode já ter sido enganado, pois todos os amigos são enganados. Não é preciso que seja puro, nem que seja todo impuro, mas não deve ser vulgar. Deve ter um ideal e medo de perdê-lo e, no caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa. Tem que ter ressonâncias humanas, seu principal objetivo deve ser o de amigo. Deve sentir pena das pessoa tristes e compreender o imenso vazio dos solitários. Deve gostar de crianças e lastimar as que não puderam nascer. Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova, quando chamado de amigo. Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grandes chuvas e das recordações de infância. Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade. Deve gostar de ruas desertas, de poças de água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim. Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo. Precisa-se de um amigo para se parar de chorar. Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas. Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência de que ainda se vive.

(Autor: Vinícius de Moraes)



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domingo, 17 de maio de 2009

O que você sabe de mim?



Diz aí!

O que você sabe de mim?

Do que vai dentro do meu coração?

Dos sentimentos de abandono que tenho dentro em mim?

Diz ai!

Fale um pouquinho do que você pensa que sabe!

Do vai e vem dos meus sentimentos.

Que jorram com tanta força em meu interior

Como se fosse um poço de petróleo

Não, você não sabe nada do meu choro engasgado,

Do meu sentimento de fracasso

Como pessoa, como mãe e mulher.

Nada sou!

O espelho revela que meu eu tem tanta coisa,

mas que ninguém vê nada.

Ninguém me vê, olha e não me vê.

Um sentimento de ir embora se apodera de mim

Quando vejo você indo de mim, filho meu.

Cada um que devagar se vai em gestos, em atitudes.

Numa cama que escolhe outro lugar,

num guardar de roupas que deixa de ser juntinho de mim.

O sentimento de abandono é muito doído.

É como algo que se rasga sem que se possa evitar.

Algo que vai de distanciando.

Que deixa claro o seu novo lugar.

É um sonho que se desvanece, se desfaz como a fumaça.

E meus sonhos, onde ficarão?

É a névoa que embaça meu olhar,

E não tenho mais como ver o futuro,

Ele não existe mais.

Futuro é algo que não tenho mais.

Só o hoje, que sabe se lá o que será...

O que você sabe de mim, diz ai!

OBS: ESCRITO PARA UM DOS MEUS FILHOS

Autora: Cirlene Melo

Pretusca maio 2009

Seja educado e consciente, cite a fonte.