terça-feira, 3 de julho de 2012
Nós colhemos somente o que realmente plantamos?
Escrito por CIRLENE PERROUD EM 04 de julho de 2012 - 1 hora e 48 min da manhã
Não acredito que colhemos somente o que plantamos, porque então tem algo errado. E as coisas boas que plantei e não colhi? Tenho como exemplo 3 filhos que gerei e os tive e não os abortei como muitos os fazem apesar de adversidades. Os tratei da mesma forma, fui enérgica sim, para que não se desviassem seus pés para o mal; os levei para a escola dominical, cumprindo a Palavra que diz: "ensina ao menino o caminho que deve seguir e jamais se desviará dele", até que a adolescência se impusesse e não permitisse mais que eles obedecessem a voz da razão e os pratos do mundo roubassem sua fé.
Não fui uma adolescente fácil, eu sei, mas tenho minhas atenuantes. Diagnosticada pelo Dr. Carlos Hungria no Paraná (hoje sei erroneamente pela nomenclatura atualmente usada), como uma jovem "maniaca depressiva", era nada mais que uma DDAH, ou simplesmente DDA, (Deficit de Atenção) descrita de maneira magnifica no livro "Mentes Inquietas". Uma jovem sem rumos, sem ser entendida pelos pais, nem pelas pessoa que até então conhecia como família, por ninguém, e que teve que criar ao longo dos anos um mecanismo por ter um cérebro pensante "diferente" e para sobreviver aos "normais".
Sentimentos em grandes doses de alegria e de tristeza acabaram sendo chamados de pedante, menina problema; depressão virou para os outros arrogância e outros nomes poucos recomendáveis ainda hoje. E a tal "família" maternal foi chutando, colocando a parte, a margem, mostrando que não é só a sociedade quem marginaliza outros tipos com problemas.
Família também marginaliza seus próprios membros que não entende ou que causam problemas. Pior é ser marginalizada por quem também repete o diagnóstico e saído do seu ventre!
São palavras que se ouve ou que se lê e nunca mais se esquece! Nunca mais! Nem na eternidade! Farei questão de lembrar e saber quem eu sou para os outros! Todos os outros! Nem que esses outros sejam os do meu próprio ventre ou ascendentes que diziam me amar, mas que aprendi que amor de família tem um limite muito ínfimo entre "te quero e não te suporto".
Então sempre me pergunto: Realmente colhemos só o que plantamos? Não! Não mesmo!
Porque o que fiz de bom, nunca vi retorno! O que fiz de justo, a pessoa que procurei ser com valores, nunca teve retorno. Muito pelo contrário, vi mentiras sendo contatas a meu respeito no decorrer da vida por tantas pessoas e eu ouvindo, observando, não me defendendo. Pra que? Quem não fez, não tem porque se defender! E as pessoas construindo um "eu mentiroso", cheio de estorias e facetas absurdas e eu perguntando a Deus: Até onde isso vai, ou até onde o Senhor vai permitir que isso vá? Não! Em nada um Jó justo aos seus próprios olhos!
Nada disso! Estou com 51 anos, lúcida! Demais até, mais do que gostaria de estar sobre essa coisa de família e filhos e afins! Não estou feliz! Quando decidi ter 3 filhos, o fiz para ter mais do que tive a vida inteira, já que sou filha única. Mas mesmo que tenha decidido ter 3 filhos, continuo sozinha sem ser entendida por ninguém, vendo a tal família maternal (do lado da minha mãe), continuar me desprezando, que pensam, mas nunca tentaram parar para realmente me conhecer, não me suportando, mentindo para minha mãe sobre suas relações comigo.
E pior, vendo filhos que levei a escola dominical, que conhecem a essência da Palavra de Deus fazendo idiotices com suas vidas, e era justamente pra não fazerem certas coisas que fiz. Desamor e mentiras e enganos estão nos seus dicionários e acham que não tenho visão e discernimento! Quem me dera ser abençoada com a ignorância! Os ignorantes não sofrem! Entendam o que digo. Bendita seria eu, se fosse uma mulher simples, com QI baixo ou normal, sem ser DDA, sem dons de parte de Deus e ignorante. Porque eu não saberia que tenho colhido as maldades familiares no lugar dos outros, coisas que não plantei!
COM CERTEZA ESTOU COLHENDO O QUE NÃO PLANTEI!!
Escrito por CIRLENE PERROUD EM 04 de julho de 2012 - 1 hora e 48 min da manhã
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